A chegada de um filho introduz o casal num novo tipo de relação, a parental.
Tornar-se um progenitor, uma progenitora requer uma readequação da dinâmica do casal para assumir as funções inerentes à nova condição de pais e filhos.
A terapia nesta fase da vida visa auxiliar os pais a lidar com as inseguranças, responsabilidades, emoções suas e dos filhos.
Não se pode perder de vista que pai e mãe educam mais por atitudes e comportamentos que por palavras e discursos.
Enquanto os filhos crescem vão passando da identificação com os progenitores para a diferenciação até se constituir em indivíduos únicos e autônomos.
Esse processo natural apresenta desafios tanto para os pais quanto para os filhos.
Todo pai e toda mãe sonham com a felicidade de seus filhos. Porém, desejar a felicidade dos filhos sem experimentar a própria felicidade na vida pessoal e conjugal é uma contradição.
A felicidade dos filhos se inicia com o relacionamento com pais que se empenham na busca da sua felicidade. Não se ensina o que não se tem e não se transmite o que não se experimenta.
Uma das tarefas fundamentais a ser desenvolvida no processo de educação dos filhos é o senso de cooperação. Assumir responsabilidades gradativamente ao longo do processo de crescimento é muito importante para o desenvolvimento da autonomia e da resolução de conflitos.
Atualmente há uma cobrança excessiva em relação ao sucesso dos pais em seu papel de formadores, gerando uma constante culpabilização.
O acompanhamento terapêutico promove uma reflexão que permite aos pais se libertar desse processo de culpabilização e a encarar com mais leveza e proatividade os erros e acertos inerentes à função parental.